segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Eternidade




Há milênios que eu sou.
Sinto ainda as vibrações.
Da evolução do meu ser por outras vidas...
Sincopadas lembranças...
Farrapos de alegria
Por coisas imprecisas...
Tristeza imotivada...
Ternura que abrange a tudo e a todos.
E o sentimento universal
De que pertenço aos elementos.
Sou pedra e pássaro e água
E fogo e ar e terra...
Há milênios que eu sou.
A mesma angustia me atormenta há séculos:
O mistério de ser e não ser
E a decifração do infinito!
Vasto caminho de humilde luta
Até chegar a paz suprema.
Um dia eu estarei contigo, ó Cristo!
Quando eu não sei...
Talvez outros milênios passem...
Cairei muitas vezes.
Na fronte aflita
O selo do tormento.
Ascenderei porem
Assim o que a Lei.
E confundida a ti
Liberta e consciente
Estarei eterna no amor.

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